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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

QBrasil


Um projeto pedagógico para a formação profissional em saúde.

Emmanuely Poncell Lattes

        Atualmente, a área da formação profissional em saúde requer um planejamento criterioso, visto que está inserida em um sistema que se apresenta cada vez mais complexo e excludente. Esses cuidados devem estar dirigidos, principalmente, ao projeto pedagógico e à própria formação dos docentes que atuam nessa área, cujo papel principal é a formação de cidadãos, no sentido amplo da expressão.
         Para assumir a responsabilidade de atuar com uma proposta pedagógica de mudança, é preciso conhecer o processo histórico, da educação e da saúde, que trouxe resultados sociais dicotômicos. Além disso, é necessário analisar o atual quadro da educação e da saúde no país para, então, assumir a postura mais adequada na tentativa de construir soluções para tantas desigualdades.
         Ao analisar a preparação dos docentes para a sua atuação na área de formação profissional em saúde como um fator imprescindível para a transformação da realidade, é que se verifica a necessidade urgente em formar docentes conscientes e comprometidos com o social. È fundamental a inserção de um trabalho docente conhecedor de seus objetivos para, a partir daí, planejar e executar suas ações.
         Além do docente, a construção das ações deve ser executada diretamente pelos alunos e demais interessados nas decisões a serem tomadas. Nesse contexto, pode-se obter de forma democrática, a elaboração de um projeto pedagógico voltado para a transformação da realidade.
Para tanto, o projeto pedagógico, de caráter político e apoiado na autonomia, precisa absorver as diversas opiniões dos agentes envolvidos no processo educativo, aceitando e utilizando as divergências para, de forma coletiva, permitir que todos participem efetivamente de sua elaboração. Este projeto pedagógico não deve jamais ser um fim em si mesmo, mas um norte, um rumo a seguir.
         A educação profissional em saúde ainda é utilizada como um instrumento para expandir o setor produtivo. Todavia, é apresentado um cenário de rompimento das correntes limitativas da expansão do ensino profissional e de luta pela garantia da educação e da saúde como direito de todos e dever do Estado, afirmando o poder de autonomia e liberdade que a educação proporciona. 


Planejamento das Cidades: o que vai mudar no Brasil?




A educação e o século XXI.
Emmanuely Poncell Lattes

As transformações sociais, políticas e econômicas que ocorrem no mundo moderno influenciam na mudança do comportamento social e, consequentemente, na prática educacional. A educação do século XXI é lançada com novos desafios e paradigmas que se orientam com novas estratégias. O ressurgimento da importância do papel da escola, como agente educativo, trouxe como base de trabalho a realidade vivenciada pelo aluno, que aprende com mais facilidade e dinamismo se os elementos de aprendizagem estiverem ao alcance de sua realidade de vida. A finalidade é despertar o senso crítico do aluno a ponto de torná-lo verdadeiramente um cidadão, no sentido político da expressão. Aliado à essa finalidade, busca-se solidificar a relação de professor e aluno em uma interação baseada no diálogo, no afeto, na confiança e na acessibilidade, tendo em vista que essa relação se fundamenta em características biopsicológicas e socioculturais. É preciso salientar que proporcionar uma relação desse nível significa também traçar limites, estabelecer regras, manter o respeito mútuo. Busca-se, contudo, o equilíbrio, onde ambos encontrem seus papéis e se beneficiem com essa interação. A nova roupagem assumida pela educação contraria a tradicional noção de autoridade docente e enfatiza a liberdade do indivíduo, no sentido de torná-lo consciente de sua realidade e absolutamente capaz de tomar suas próprias decisões, independente do que lhe é imposto, lutando pelos seus ideais. Essa nova versão de aprendizagem, assim como outras anteiormente existentes, passa por processos de informalidade, no sentido de preencher a lacuna encontrada até que a educação formalize essas práticas de ensino.